Resenha: O melhor de mim - Nicholas Sparks

Título: O melhor de mim
Título Original: The best of me
Autor: Nicholas Sparks
Tradutor: Fabiano Morais
Editora: Arqueiro
Páginas: 272

Não é bem que eu seja uma fã do Nicholas Sparks... Mas eu tenho quase todos os livros dele. Dos que eu li, nenhum foi uma grande decepção, pelo contrário, todos me emocionaram. Ainda assim, nenhum também me surpreendeu muito. Mas, dos que já li, considero este como sendo o melhor.

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois. Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas. Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre.

Como eu disse, não sou exatamente fã do autor, embora goste de comprar os lançamentos do mesmo. Até o só li outros dois livros dele. Percebi, com apenas esses dois livros, que o autor tem uma fórmula – fato que foi comprovado aqui. Então, quando eu quero uma leitura que eu sei o que esperar, vou na prateleira do Nicholas Sparks.

A citada fórmula de Sparks é que, basicamente, temos um casal perdidamente apaixonado, um conflito (às vezes, pode até ser chamado de tragédia), e uma vida depois do conflito. Em O melhor de mim não é muito diferente.

Os capítulos são um pouco longos demais para o meu gosto, mas o que realmente me incomoda, é o ritmo de narração. Nos romances do Sparks as coisas fluem de maneira lenta e bastante detalhada, com viagens ao passado e muitas dúvidas no presente. Dois dos três livros que li do autor, demorei uma semana ou mais, apesar de eles não serem tão grandes, justamente por esta lentidão. No começo deste livro, especialmente, há bastante narração e poucos diálogos, o que me cansa um pouco e me entedia rapidamente.

Podemos acompanhar o ponto de vista de vários personagens, narrados em terceira pessoa, o que é um ponto positivo, pois expõe vários ângulos da mesma história.

Os cenários são interessantes, mas sem grandes pontos positivos. Porém, os personagens, são mais atraentes. Amanda se torna uma mulher casada, mãe, e cheia de feridas e dúvidas, que vive questionando o rumo que sua vida tomou e as decisões que fez. Enquanto isso, Dawson vive com arrependimentos e o vazio da solidão, já que nunca se apaixonou por nenhuma outra mulher depois de Amanda.
Também temos Tuck, um personagem que embora importante, é do tipo “caladão”. Apesar disso, ele nutre um carinho especial pelo casal e certifica-se de que sua morte os fará ter uma segunda chance.

Em minha opinião, o romance de Dawson e Amanda na adolescência é algo que eu considero bastante clichê e até achei um pouco forçado, mas na segunda parte, quando eles já são adultos, melhorou significativamente.

Não tenho certeza se gostei ou não do final, mas não esperava algo muito diferente do que de fato encontrei, considerando os contatos anteriores que tive com o autor. Em geral, é um livro gostoso, uma boa distração. Recomendo, especialmente para os que já são fãs do autor, que com certeza vão adorar.

Citação: "Uma coisa era saber que o que sentia por Amanda não tinha mudado. Outra, totalmente diferente, era encarar o futuro tendo a certeza de que jamais mudaria." (p. 69)

Nota: 7.0 | Avaliação: ★★★★☆ (Muito Bom) 

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