As estrelas no céu faziam mais
sentido do que as letrinhas grudadas no livro.
Nunca aprendera a ler, e mesmo assim
sabia da vastidão dos sonhos e das bonitezas que aquele amontoado de folhas
guardava. Eram sonhos dos mais bonitos e coloridos, que podiam mudar a vida
todinha de uma pessoa.
De qualquer jeito, as estrelas
falavam bem mais pra ela. Porque brilhavam como esses seus olhos refletidos na
janela. Porque olhavam pra essa gente aqui de baixo e achavam tudo muito
bonito, porque viam poesia em tudo, como tem que ser.
Mas que olhos são esses, menina?
Tristes assim, refletidos no vidro, gelado.
Eu juro que- se serve de algo-
escreverei sobre você. Você, seus olhos e esse seu desespero que sente, sei lá
eu por quê.
És poeta. Sim, poeta, menina! Porque
vê nas estrelas, no sorriso e na vida o colorido que ela tem que ter. Porque sente em seu coração tudo aquilo que
há de se sentir.
Nossa! Gostei. Simples e muito belo.
ResponderExcluirA única palavra que vem a cabeça lendo o seu texto é lindo. Parabéns, Ana.
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