Prateleira de filmes: Confiar



Título: Confiar
Título original: Trust
Duração: 106 min
Ano de lançamento: 2010
País de origem: USA
Direção: David Schwimmer
Elenco: Clive Owen, Catherine Keener, Liana Liberato, Viola Davis.
Censura: +16

"O que sua família levou anos para construir, um estranho pode roubar com um clique".

“Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) têm três filhos. Enquanto um está prestes a entrar para a faculdade, a filha do meio, Annie (Liana Liberato), começa a apresentar os sintomas comuns das adolescentes que querem se parecer mais velhas e ser aceitas entre seus pares. Publicitário bem sucedido e super envolvido com a profissão, Will procura ter uma relação de confiança com os filhos, mas Annie inicia um relacionamento no computador com um jovem de 16 anos e dá continuidade através do telefone. Sem que seus pais soubessem, ela aceita o convite dele para um encontro, mas a surpresa que ela tem no primeiro momento é só o começo de um pesadelo que marcará para sempre a sua vida e a de sua família.”

Este era o filme que eu deveria ver no dia em que acabei assistindo A Fera. A razão de não o ter escolhido? Eu não consegui. Porque, sim, eu comecei a ver, mas o filme trata de assuntos tão intensos, tão dolorosos, que eu não me sentia confortável – sou, de fato, sensível em relação ao assunto-foco da história, mas o filme foi, inclusive, censurado nos EUA, pelo que li.

Há pontos negativos, não vou negar isso. A ingenuidade de Annie, por exemplo, chegou a me irritar logo no começo, mas, por outro lado, essa é uma realidade que infelizmente está presente no cotidiano mundial. Da mesma forma, os pais desligados em relação aos perigos ou simplesmente crentes de que não terão com o que se preocupar, pois seus filhos sabem se cuidar e as coisas sempre acontecem no quintal do vizinho. Até que acontece no deles e o mundo desaba. 

O roteiro captou a essência desse assunto muito bem, tornando-o real. Então, mesmo sem ver o filme todo pude ter uma ideia geral e posso dizer: Parabéns aos roteiristas!

Muitas meninas acham que conhecem caras pela internet, simplesmente porque conversam com eles e já viram suas fotos. Porém, elas se esquecem ou simplesmente nunca pensaram no quanto é fácil mentir há dois monitores de distância. Assim, o filme serve de alerta para os próprios adolescentes tomarem mais cuidado ao se relacionarem com desconhecidos no mundo virtual. Acho, contudo, que muitos pais podem ficar paranoicos e surtarem um pouco além da conta ao assistir. É necessário ter cuidado com o que os filhos fazem, mas muitos vão começar a ver apenas o lado trágico. Em contrapartida, seria um bom filme para ser passado em escolas, acredito.

A dimensão dos personagens foi algo que me fascinou. A forma como Annie queria acreditar no relacionamento, simplesmente para não ver a verdade cruel a qual fora submetida, assim como a reação dos pais da garota... É um roteiro forte, sem dúvidas. Além disso, os atores são bons e dão profundidade aos seus personagens. E David foi, para mim, uma surpresa agradabilíssima como diretor de uma obra tão impactante e ao mesmo tempo frágil como essa, uma vez que, de outra maneira, eu sempre o veria apenas como o Ross de Friends.

Sendo exageradamente sensível como sou, fiquei agoniada com o filme, mas isso só prova sua intensidade. É um filme muito interessante especialmente para ser usado como tópico de debate sobre segurança na internet, mostrando que coisas ruins podem acontecer, e que eles sempre devem ter uma desconfiança com o desconhecido do outro lado do monitor – até porque, psicopatas nunca se apresentam como sendo psicopatas, certo?  Espero, sinceramente, conseguir controlar meu pavor e ver o filme inteiro algum dia, porque fiquei realmente curiosa.

Avaliação: ★★★☆☆ (Bom +)
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