Prateleira de filmes: Se Enlouquecer, Não se Apaixone


Título: Se Enlouquecer, Não se ApaixoneTítulo original: It’s Kind of a Funny Story
Duração: 110 min
Ano de lançamento: 2010
País de origem: EUA
Direção: Anna Boden, Rick Fleck
Roteiro: Anna Boden, Rick Fleck
Elenco: Keir Gilchrist (O Roqueiro e Gritos Mortais), Emma Roberts (Aquamarine), Zach Galifianakis (Se Beber, Não Case!, Um Parto de Viagem e Amor Sem Escala)
Censura: +12

Craig, um menino de 16 anos (Keir Gilchrist), estressado com as demandas de ser um adolescente e por causa de sérios problemas escolares e emocionais, se interna em uma clínica psiquiátrica. Lá ele descobre que a ala dos menores está fechada — e se encontra preso na enfermaria adulta. Craig passa a conviver com adultos que possuem diversificados problemas mentais — incluindo Bobby (Zach Galifianakis) o qual se torna mentor de Craig durante sua estadia na clínica —, e se apaixona por uma moça um tanto desequilibrada, da mesma idade, chamada Noelle (Emma Roberts).



Apesar do tema, é um filme muito leve e causa identificação. Trata-se de um garoto querendo achar a solução para seus problemas. E quem não quer achar? O filme é simples, deve ter gastado pouco e não ter chamado à atenção. Mas os melhores filmes são esses mesmos!

O elenco é o que se pode chamar de bom, bonito e barato. Começando pelo protagonista, que eu nunca vi, mas apreciei sua atuação. Uma comédia sutil, na medida certa, sem abusar de palavrões ou erotismo  coisas que eu não condenaria, de qualquer forma. Personagens complexos e reais, uma história quase palpável, boa de assistir. O personagem Bobby é muito bom. Aliás, todos eles são bem trabalhados.

O filme se passa todo na clínica psiquiátrica, representando a sociedade em escala reduzida. Temos o recluso patológico, que se recusa a sair do quarto, tipo um forever-alone doidão. Temos o cara que tem uma vida normal, mas de vez em quando pira, como um revolucionário sem causa. Temos a garota que, sabe-se lá por quê, tenta se matar sempre que pode, ou apenas se inflige dor para ver no que dá. Temos os esquizofrênicos e loucos de pedra, que não sabem o que é o que, inventores de realidades outras. E temos o garoto comum, com seus problemas comuns de tédio, busca por aceitação e relevância na sociedade, que tem pais distantes e estranhos. O garoto que achou, por sentir mínimas vontades de morrer, que devia se autointernar e encontrar a cura para sua dor. O garoto exagerado, que adora um amor inventado.

É isso. O mundo e suas loucuras encapsulados ali.O filme fala dessa alegria que se esconde por trás das tristezas da vida. Nos faz pensar... me fez pensar que ninguém é totalmente louco ao mesmo tempo que fez pensar que todos nós somos.

Craig sente vergonhaem pensar que seus amigos saberão do seu estado e evita-os. Até que descobre que alguns deles têm os mesmos problemas que ele. Em dúvida a que lugar pertence, ele vai vivendo naquele lugar. E é impressionante no filme ver que, mesmo em meio aos loucos, há coisas legais lá. E não sei se existe uma clínica igual a do filme, mas Craig acaba aprendendo muito ali, onde nem era para estar. E acaba envolvido com uma louca suicida, que, curiosamente, rir e brinca o tempo todo. E arranja novos amigos.

Um filme bacana. Eu adoro filmes diferentes, conflitantes, com uma lógica subversiva.

Nota: 8.0 | Avaliação ★★★★☆



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2 comentários:

  1. Não vi o filme, mas quero muito depois de ver o trailer.
    Sobre a clínica, pela sua descrição não creio que tenha algo assim aqui no Brasil, pelo menos as que eu frequentei com a faculdade não são.

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  2. ah eu adoro a Emma Roberts e esse filme parece tão fofo. Queria ver.

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