Texto: Minha doce certeza


Eu, que tanto me fiz cético e incrédulo para com a vida, que me apregoou justamente com esta razão, vi-me detido e um tanto encabulado ao questionar o acaso e indagar a sorte. Convenha-se, qualquer um o faria se encontrada uma rosa branca dentre um mar de douradas tulipas. Conheci-te e ao mesmo tempo me encontrei.

Atinei estar preso a ti não pelo pulsar descontrolado do coração ou pelo suar frio ao te ver de longe, mas por estar movido por algo mais forte que meu arbítrio, meu bel-prazer. Fazer-te feliz já não estava mais à minha mercê, era sim meu dever. Deveria estar ali escrito, em algum lugar nas estrelas, que eu era para você o tudo, e que eu sem ti era nada.

Por todos os minutos do mundo, dali em diante, eu te guardaria e te zelaria, e sentiria na pele a queimadura de suas dores, suas tristezas, e me encharcaria taciturno de suas lágrimas sem que notasse. Sorriria, portanto, junto do abrir de seu sorriso, e me sentiria alegre só por você estar, e dormiria com os anjos se a paz estivesse contigo. Noto cada vez mais que, se o destino não nos houvesse unido, eu não saberia nem amar, nem me apaixonar. E viveria outra vida como se nunca tivesse vivido, e adoraria a outros olhos como se não soubesse o que é amor.



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