Resenha: A promessa - Richard Paul Evans


Título: A promessa
Título Original: Promise Me
Autor: Richard Paul Evans
Tradutor: Thiago Novais

Editora: Lua de Papel
Páginas: 288

Comprei o livro porque a sinopse havia me interessado muito tempo atrás e, em uma promoção, decidi arriscar. Deixei-o na espera durante meses até finalmente decidir ler. E, confesso, foi surpreendente!



Beth Cardall tem um segredo. Durante dezoito anos, ela não teve escolha senão guardá-lo para si, mas, na véspera do Natal de 2008, tudo isso está prestes a mudar. Para Beth, 1989 foi um ano marcado pela tragédia. Sua vida estava desmoronando: sua filha de seis anos, Charlotte, sofria de uma doença misteriosa; seu casamento transformou-se de uma relação aparentemente feliz e carinhos aem algo repleto de traição e sofrimento; seu trabalho estava por um fio e ela perdera totalmente a capacidade para confiar, ter esperanças e acreditar em si mesma. Até que, um dia extremamente frio, após atravessar uma nevasca até a loja de conveniência mais próxima, Beth encontra Matthew, um homem misterioso e encantador, que mudaria de uma só vez o curso de sua vida. Quem é esse homem e como ele parece conhecê-la tão bem? Matthew a persegue incansavelmente, mas somente após se apaixonar perdidamente é que descobre seu incrível segredo, transformando sua forma de ver o mundo, assim como o seu próprio destino nessa história de fôlego sobre como o amor é capaz de mudar todas as nossas expectativas.

Primeiramente, preciso deixar claro o quão difícil será falar deste livro e, principalmente, explicar as razões de ter gostado e detestado simultaneamente, sem dar nenhum spoiler sobre o enredo. Mas não se preocupem, não haverá spoilers, mesmo assim.

Dessa forma, começarei comentando sobre o estilo do autor. Apesar de ser um livro do que eu considero um tamanho “normal”, ou seja, nem tão fino nem tão grosso, Richard Paul Evans soube conduzir a história de tal forma que você se mantém interessado pelo mistério e não consegue soltar o livro antes de vê-lo terminado. Cada capítulo é iniciado com uma passagem do diário de Beth, que são provavelmente as minhas frases favoritas e, inclusive, as mais marcantes do livro. A história também flui rapidamente e, apesar de às vezes tratar temas difíceis ou até mesmo surpreendentes, a narração é simples e objetiva.

Contudo, apesar de o enredo ser atraente e prender o leitor, eu não gostei das respostas dadas e nem da forma como as coisas foram abordadas a partir desse ponto. Há um questionamento central no livro, então as expectativas se criam a partir de como tudo vai sendo construído, solucionado e direcionado depois disso. A primeira parte para mim foi muitíssimo boa, mas as duas seguintes deixaram a desejar. Era um livro de potencial incrível e poderia ser ótimo e talvez até entrar para a minha lista de favoritos, mas, infelizmente, parece ter se perdido no caminho.

Em contrapartida, o cuidado que a editora teve com este livro, é um grande ponto positivo. A diagramação está linda e, particularmente, não me recordo de ter encontrado nenhum erro de tradução ou digitação.

Os personagens são interessantes, mas não são as grandes estrelas da história. Os cenários tampouco são descritos da maneira detalhada que me encanta. Mas nenhum deles também representa um problema. São aceitáveis e, honestamente, com um enredo tão atrativo, quem precisaria deles? Pelo menos, é no que eu acreditei a princípio.

A pior parte, para mim, é que muitas coisas ficam abertas, sem respostas ou nexo. Na verdade, me lembra um filme (cujo nome não mencionarei, pois isso seria um grande spoiler), que é tão interessante e tão frustrante quanto.

De qualquer forma, apesar de ter vivido uma montanha russa de amores e decepções com esta leitura, ainda o recomendo. O livro é bom e, talvez, se você não for tão crítico quanto eu (ou se você gostar do filme que eu não posso nomear), possa se encantar bem mais com esta história. Além disso, é uma leitura rápida e que te deixa com vontade de ler mais livros do autor, para ter um desempate de opinião em relação a sua escrita.

CitaçãoA vida é um castelo de cartas, equilibrado sobre uma gangorra, precariamente assentada sobre uma montanha-russa. A única coisa que deveria nos surpreender em nossas surpresas é o fato de nos surpreendermos com elas.” (p. 39)
Nota: 6 | Avaliação: ★★★☆☆ (Bom



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About Anna Laitano

4 comentários:

  1. xii depois dessa resenha eu duvido que irei ler este livro algum dia...detesto quando um livro começa super legal e vai piorando aos poucos sabe? pra mim o final tem que ser hiper extra master atraente *-*
    http://www.avidaemletras.com/

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    1. Dani, você pode até gostar dele, mas é que eu não gostei das explicações que foram dadas e, por isso, o livro decaiu. De qualquer forma, se quiser se arriscar, é uma leitura bem rápida!

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  2. Nossa,agora fiquei na duvida de ler ou não.A sinopse me chamou atenção.Pensei em algo bem envolvente com o drama e romance.Mas ao ler sua resenha acabei que me decepcionando,então significa que algo ficara aberto em nossa cabeça,como?porque?,e sinceramente já um livro assim e odiei o final.
    Mas quem sabe um dia,eu o leia.

    Beijokas Ana Zuky

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    1. Fica um pouco aberto, mas mesmo as respostas que foram dadas, eu achei que não condizia com o enredo, com as expectativas... Enfim, me decepcionei um pouco. Mas a leitura é tão rápida e envolvente, que não me arrependo, afinal, li em apenas um ou dois dias.
      Espero que, se você ler, goste mais do que eu!
      Beijos, Ana!

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