Título: Julgamento do Diabo
Título original: Shortcut to Happiness
Duração: 106 min
Ano de lançamento: 2003
Direção: Alec Baldwin
Elenco: Alec Baldwin (O Aviador, O Gato e
seriado 30 Rock), Anthony Hopkins (Hannibal, Drácula de BramStoker e O Ritual), Jennifer Love Hewitt (seriado
The Client List e O Terno de Dois Bilhões de Dólares), Dan Aykroyd (Os Caça-Fantasmas)
Censura: +14
O escritor fracassado Jabez Stone (Alec Baldwin) não tem sorte com as mulheres, vive em um apartamento sujo e bagunçado de Nova York e é demitido da loja em que trabalhava. A caminho de casa, é assaltado e tem seu último e inédito romance roubado. Tudo parece estar perdido, até que uma mulher estonteante, o Diabo (Jennifer Love Hewitt), bate em sua porta e lhe promete fama, riqueza, poder, mulheres e sucesso como escritor, tudo em troca de sua alma. Stone concorda e sua vida se torna perfeita, mas quando todo esse sucesso começa a desaparecer, o escritor decide procurar Daniel Webster (Anthony Hopkins), o único homem que sempre derrotou o Diabo. Webster decide enfrentar seu velho inimigo novamente em um julgamento, em um duelo inteligente que definirá o destino da alma de Jabez Stone.
A primeira grande questão do filme é a “justiça” do
fracasso e do sucesso. Como continuo sempre me dando mal, se me esforço e
procuro melhorar, enquanto outros são bem-sucedidos sem talento algum e
utilizando meios “pouco éticos”? Foi levado por esses fantasmas que o
personagem acabou se envolvendo com o Diabo.
E foi aí que a “justiça” virou o jogo perdido. De
repente, tudo fica perfeito na vida de Jabez Stone.
O filme possui alguns clichês, mas não suficientes para
tirar o interesse. Não é uma comédia, mas mantém um tom bem-humorado em todas
as cenas – afinal, Alec Baldwin é um comediante. Nenhuma atuação brilhante, nem
mesmo a de Anthony Hopkins; o elenco é bom, mas os atores ficaram no “arroz com
feijão”. Se bem que o arroz com feijão de Anthony Hopkins é muito superior ao
caviar de muitos atores por aí. Talvez essa qualidade se deva ao fato de ter
sido o primeiro e único filme dirigido por Alec – atuar é uma coisa, dirigir é
outra –, ou talvez seja mesmo um filme que não exija tanto, ocultando as
atuações. Não é um filme imperdível, porém possui espaço em nossa prateleira.
A segunda grande questão do filme? Como você acha que
se sentiria se, num passe de mágica, o sucesso entrasse em sua vida? Parece
bom, e deve ser ótimo por alguns anos, mas tem seus preços. E essa é a reflexão
do filme. Será que o importante é ser um sucesso ou o que vale mesmo são os
degraus que usamos? Afinal, há atalho viável para o sucesso? Há um atalho para
qualquer coisa na vida? Para mim, pode até existir, mas com resultados
insípidos e desastrosos psicologicamente. Assista e decida.
O final do filme é bom, e me surpreendeu, apesar da
tradução do título ser reveladora. A última cena é que podia ser diferente. Foi
um clichê desnecessário.
Nota: 6.5 | Avaliação ★★★☆☆
Não conheçia o filme, mas achei bem legal e com humor.
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