Série: Chicago Fire
Temporada: 3ª
Premiere: 23/09/2014 - Exibida às terças na TV americana.
Duração do episódio*: 40 min (aproximadamente)
Estilo: Serializada/Procedural**
BR: Exibida na Universal, dublada.
BR: Exibida na Universal, dublada.
(*): O tempo de duração da série não conta o tempo de comerciais.
Nenhum trabalho é mais estressante, perigoso e recheado de adrenalina do que o feito pelos bombeiros, equipes de resgate e paramédicos da Brigada 51. Eles são os corajosos homens e mulheres que mergulham de cabeça no perigo quando alguém precisa de ajuda, enquanto outros correm para o outro lado. Entretanto, as enormes responsabilidades também cobram um preço na vida pessoal.
(Fonte: Banco de Séries)
Como terminou a temporada anterior?
• Durante o casamento do Chefe Boden, no próprio batalhão, eles recebem um chamado e partem para a cena.
• Chegando lá, todos acabam entrando no prédio em questão (caminhão, esquadrão e paramédicas). Acompanhamos Boden, do lado de fora, sem conseguir estabelecer comunicação com quem está dentro. Instantes depois, há uma explosão. O Chefe tenta contatar algum deles lá dentro, sem sucesso, terminando o episódio (e a temporada).
Uma season finale que coloca praticamente todos os personagens em um prédio que explode segundos depois é um dos cliffhangers mais agonizantes possíveis. Meu choque ao ver que a temporada terminaria assim foi realmente gigante. Contudo, admito, a situação tem lá sua genialidade e definitivamente cumpre sua função de trazer o telespectador para o retorno da série, na temporada seguinte.
Então, meses depois, temos a premiere. Todos ansiosos, como se pode imaginar. Mas aí alguém tem a brilhante ideia de "ah, vamos matar um dos personagens principais". Não é a notícia mais feliz, mas alguns personagens não fariam tanta falta, e mesmo os que fariam, poderíamos nos acostumar com sua ausência eventualmente... não é?
Então, meses depois, temos a premiere. Todos ansiosos, como se pode imaginar. Mas aí alguém tem a brilhante ideia de "ah, vamos matar um dos personagens principais". Não é a notícia mais feliz, mas alguns personagens não fariam tanta falta, e mesmo os que fariam, poderíamos nos acostumar com sua ausência eventualmente... não é?
Não. Assim não. Simplesmente não. Antes mesmo da abertura, já descobrimos qual personagem morre, porque, na verdade, essa pessoa já está morta no episódio. Tudo o que vemos é a tentativa de salvamento dos colegas que se recusam a aceitar o fato. E é isso. Porque aí vem a abertura e o episódio dá um salto no tempo.
Sinceramente, acho extremamente difícil escrever essa review, com os acontecimentos ainda frescos, a negação e a raiva me fazendo querer escrever tudo em caps lock, itálico, negrito, sublinhado e com trocentos pontos de exclamação ao final de cada frase.
Pessoas morrem, sim. Não me incomodo de forma alguma que um seriado tente passar essa realidade. Cresci lendo Harry Potter e aprendi desde cedo a dizer adeus a personagens queridos. Assisti Lost (que é mais um quem-vai-sobreviver), Grey's Anatomy e tantas outras séries que não tem o mínimo medo de matar seus protagonistas. Porém, eu NÃO ACEITO o descaso com eles. Acho revoltante que uma morte, especialmente uma tão importante, seja tratada de forma a dar a sensação de que o personagem era irrelevante. Para a nossa infelicidade, foi isso que aconteceu.
Claro, os amigos mais próximos ainda puderam ser vistos de luto, mesmo seis semanas depois do acontecimento. E é normal que os outros estejam seguido em frente depois de mais de um mês. Mas cadê o funeral? Uma homenagem? Um último suspiro arfante e declarações de partir o coração? Cadê uma despedida decente para um dos melhores personagens da série? Na premiere, isso foi inexistente.
Além disso, mesmo olhando de uma forma mais fria, tiraram um personagem que acrescentava muito. As melhores amizades eram as desse personagem, as melhores sacadas também. Logo, foi um erro de escolha e um erro de abordagem.
O ponto alto foram os flashbacks, explicando o que aconteceu dentro do prédio antes da explosão, e lembrando o primeiro dia do personagem no batalhão. A forma como alguns deles estão lidando com a perda também foi interessante, mas não parece que durará muito mais. Talvez isso seja o que mais tenha me irritado. A morte não teve uma necessidade verdadeira para o enredo, foi apenas a necessidade bizarra dos roteiristas e sua ânsia por plots twists, bem ao estilo veja-o-que-podemos-fazer-somos-ousados-matamos-seu-personagem-favorito mesmo.
A premiere teve gosto agridoce, talvez até mais puxado para o amargo mesmo. Muitos fãs desistirão da série aqui, e não mentirei dizendo que isso não me passou pela cabeça. Mas, para mim, ainda temos personagens queridos e de potencial, e o meu amor pela série dará a ela outra chance de me conquistar novamente. Ainda assim, honestamente, temo pelo futuro de Chicago Fire. Pois, como já expliquei, esse baque foi muito forte, repentino e mal-abordado, e a menos que consigam arrumar formas de se desculpar e reconquistar a audiência logo, o futuro poderá não ser tão brilhante.
E você, já viu a premiere da terceira temporada? Está tão indignado quanto eu? Pensa em desistir da série, continuar (mas com um pé atrás)? Dividam seus pensamentos conosco!
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