Resenha: Julieta - Anne Fortier



Título: Julieta
Título Original: Juliet
Autora: Anne Fortier
Editora: Arqueiro
Páginas: 448

Este livro foi mais um caso de paixão à primeira vista. Passeando pelo site de uma livraria, fui atraída pela capa, e cliquei para ler a sinopse, que também me conquistou, mas, acabei não comprando. Depois de alguns meses, saindo do cinema com amigas, o vi na prateleira da livraria e não pude resistir à tentação de tê-lo nas mãos: Comprei. E, honestamente, eu não poderia ter tido uma surpresa melhor.
Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro. Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei. A carta diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena. Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos – um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas começando. O diário conta uma história trágica: há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias. E, levando-se em conta a linhagem e o nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais perigo. Instigante, repleto de romance, suspense e reviravoltas, Julieta – livro de estreia de Anne Fortier – nos leva a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para ela: o amor.
Apesar de ser um livro grande (o que pode afastar os mais preguiçosos), a leitura fluiu bem e as páginas acabaram até rápido demais!

Anne Fortier pegou os aclamados personagens e montou uma obra fantástica, que vale muito à pena ter em sua prateleira. A história da Giulieta original e a forma comos e mescla não só com a de Shakespear, mas também com a da nossa Giulieta dos EUA, torna a história original e irresistível.

Algo interessante neste livro são os capítulos, que ao invés de ter nome, têm trechos de Romeu e Julieta de Shakespear, sua grande inspiração. Além disso, a numeração é feita por "atos". Achei válido, original e condizente. Ponto positivo!

Além disso, eu, definitivamente, me senti em uma viagem à Siena (de ambas as épocas em que o livro acontece), pois a narração dos cenários são realmente muito boas, com a precisão de detalhes necessária para você conseguir visualizar com clareza lugares onde você nunca esteve.

E como não se atrair de cara por Alessandro? O melhor dele, é que ele não é um herói que se apaixona perdidamente pela mocinha. Não, Alessandro é aquele tipo implicante e sedutor, sabe? E, se eu já me encontrava viciada, devo dizer que fui definitivamente conquistada pelos capítulos finais, e que foram os que fizeram este livro entrar para minha lista de "Melhores de 2011".

A única coisa que não gostei foram os primeiros capítulos de 1340, mas a história acaba por compensá-los! Então, se e quando Anne Fortier lançar outro livro, sem dúvidas comprarei, apenas pelo quão deliciosamente fui surpreendida com seu estreante, "Julieta".
Citação: "Parada ali, de repente compreendi por que eu fora atormentada a vida inteira pelo medo de morrer jovem. Toda vez que tentava imaginar meu futuro além da idade que minha mãe tinha ao morrer, não via nada além de escuridão. Só então aquilo fez sentido. A escuridão não era a morte, mas a cegueira; como eu poderia imaginar que iria despertar, como quem desperta de um sonho, para uma vida que eu nunca soubera que existia?" (P. 437)
Avaliação: ★★★★★ (Ótimo)
Share on Google Plus

About Anna Laitano

0 comentários:

Postar um comentário

Quer fazer um comentário sobre esta postagem?
Adoraríamos ouvir suas opiniões, não tenha vergonha de compartilhá-las!